A LENDA DO AÇAÍ
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Minha mais recente publicação foi A Lenda do Açaí, pelo selo Rouxinol do Rinaré Edições, com ilustração de capa de Eduardo Azevedo.
Estrofes iniciais:
O cabedal de saberes
Da cultura popular
Tem fantasia e mistério
Capaz de nos encantar,
Como fonte de riquezas
Jamais irá se esgotar.
Dentro do legado indígena
Examinei, recolhi
Nas gavetas da memória,
Nos conteúdos que li,
Para narrar em cordel
Sobre A Lenda do Açaí.
Há muito tempo passado
A Amazônia brasileira,
Muito além de seus mistérios,
Mata virgem por inteira,
Habitava o povo Itaki
Nação exímia guerreira.
Naquela densa floresta,
Como caprichos do bem,
Harmonia lhe era farta
E alimentação também.
Este lugar hoje em dia
Abriga a Grande Belém.
Um território abundante
Em riquezas naturais,
Onde o seu povo nutria
Poderes sensoriais,
Sabedoria pautada
Nos valores ancestrais.
(...).
Desesperada Iaçã,
Em razão dessa maldade,
Ao perder a sua cria
Num rito de crueldade,
Nem podia mensurar
Que aquilo fosse verdade.
Agora ela estava ilhada
Num mundo de dissabor,
Achava o seu habitar
Grande deserto de amor,
Sem a alegria de outrora,
Era só tristeza e dor.
Só depois de muitas luas,
Reclusa e desconsolada,
Chorando por sua filha
Que fora sacrificada,
Como se houvesse em seu peito
Uma flecha atravessada.
Clamou: — Ó grande Tupã
Te suplico um tempo novo
Com alimento abundante
Para todo o nosso povo,
E que a dor do sacrifício
Não contenha o teu aprovo!
No luar da mesma noite
Um encanto aconteceu,
Avistando a sua filha
A mãe depressa correu,
Mas ao lhe estender os braços
Ela desapareceu.
…segue…
Minha mais recente publicação foi A Lenda do Açaí, pelo selo Rouxinol do Rinaré Edições, com ilustração de capa de Eduardo Azevedo.
Estrofes iniciais:
O cabedal de saberes
Da cultura popular
Tem fantasia e mistério
Capaz de nos encantar,
Como fonte de riquezas
Jamais irá se esgotar.
Dentro do legado indígena
Examinei, recolhi
Nas gavetas da memória,
Nos conteúdos que li,
Para narrar em cordel
Sobre A Lenda do Açaí.
Há muito tempo passado
A Amazônia brasileira,
Muito além de seus mistérios,
Mata virgem por inteira,
Habitava o povo Itaki
Nação exímia guerreira.
Naquela densa floresta,
Como caprichos do bem,
Harmonia lhe era farta
E alimentação também.
Este lugar hoje em dia
Abriga a Grande Belém.
Um território abundante
Em riquezas naturais,
Onde o seu povo nutria
Poderes sensoriais,
Sabedoria pautada
Nos valores ancestrais.
(...).
Desesperada Iaçã,
Em razão dessa maldade,
Ao perder a sua cria
Num rito de crueldade,
Nem podia mensurar
Que aquilo fosse verdade.
Agora ela estava ilhada
Num mundo de dissabor,
Achava o seu habitar
Grande deserto de amor,
Sem a alegria de outrora,
Era só tristeza e dor.
Só depois de muitas luas,
Reclusa e desconsolada,
Chorando por sua filha
Que fora sacrificada,
Como se houvesse em seu peito
Uma flecha atravessada.
Clamou: — Ó grande Tupã
Te suplico um tempo novo
Com alimento abundante
Para todo o nosso povo,
E que a dor do sacrifício
Não contenha o teu aprovo!
No luar da mesma noite
Um encanto aconteceu,
Avistando a sua filha
A mãe depressa correu,
Mas ao lhe estender os braços
Ela desapareceu.
…segue…
Comentários
Valeu!