OS DOIS IRMÃOS — A história de Anepu e Batau
Senhoras e senhores e demais público! É com muita alegria que anuncio o mais recente rebento da minha modesta lavra, Os dois Irmãos — A História de Anepu e Batau! A obra tem por base um conto Egípcio escrito em papiro e descoberto em 1852, no museu da Inglaterra. O papiro está assinado pelo escriba Anana, período da 19ª dinastia dos Faraós (1200 a.C.).
Aqui narrado em 73
estrofes setilha de Cordel, com ilustração de Nireuda Longobardi e publicado pela Edicon. Abaixo, as estrofes inicias:
Nos
alinhavos dos versos
Teço na
mente um sarau.
No seio
da realeza,
Gesta de
primeiro grau,
Clareio a
minha memória
Para
narrar a história
De Anepu
e Batau.
História
que foi contada
Para o
príncipe herdeiro,
De nome
Seti Mernefta,
Na
sucessão o primeiro.
Miamum, o
seu genitor,
Anana, o
preceptor,
E razão
deste roteiro.
Há mais
de trinta e dois séculos,
Como um
bom educador,
Anana
contava história
Para o
pequeno senhor,
O
primeiro na fileira,
Do Egito,
nação guerreira,
Seu
futuro imperador.
Dos
personagens narrados
Aqui em
versos, por mim,
Uma
mulher enfeitiça
O seu
cunhado e, por fim,
Com ódio
e paixão teimosa
Numa trama
curiosa,
Cujo
começo é assim:
— Eram
dois irmãos unidos,
Sendo o
Anepu casado.
Batau,
mais jovem e solteiro,
Pela
cunhada, tentado
Com afã
nada indiscreto,
Porém ele
agiu correto,
Neste
dilema narrado.
(...)
Batau ficou assustado
Temendo a situação,
Ao perceber o intento
Da mulher do seu irmão,
Com um olhar diferente,
Como se fosse corrente
Atando seu coração.
Expondo maldosamente
O seu corpo escultural,
Embelezando os cabelos
Com destreza sensual.
De forma desinibida,
Ela o abraça e convida
A um ato de amor carnal.
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