Sou um Beija-flor inalando O doce aroma da rosa, Pelas palavras despidas No encanto da boa prosa, Motivo dessa alegria É paz e sabedoria, E uma vida mais gostosa.
Uma publicação da Editora IMEPH, com apresentação do poeta Rouxinol do Rinaré. Um coletivo de treze poetas compõe esta obra, sobre quatorze pontos históricos da nossa São Paulo, terras de Piratininga. Da antiga Piratininga, De épocas já bem distantes, Nasceu a nossa São Paulo, Cidade dos bandeirantes, De cultura heterogênea Formada por imigrantes. Estes versos de cordel Servirão como memória. Registrando os patrimônios, Sua exuberante glória viva em cada monumento, Como um pedaço da história. Mostraremos os lugares, A tradição que perdura, Suas atrações turísticas, Sua bela arquitetura, Os museus, prédios históricos E a sua vasta cultura. A minha participação foi sobre o SAMBÓDROMO - Polo Esportivo e Cultural Grande Otelo. Veja algumas estrofes: O Sambódromo de São Paulo, Espaço de diversão. Mês de maio, ano noventa, Principia a construção. E no Carnaval seguinte Entregue à população. A obra, para os...
Meus amigos, triunfar seguindo os passos de Fileas Fogg, foi também para mim uma grande conquista. E isso só foi possível, graças as valorosas companhias de Maércio Lopes, Marco Haurélio e da Editora Nova Alexandria. Veja agora o que disse o editor, coordenador da coleção e apresentador da obra, poeta Marco Haurélio. Amigos, é com muita satisfação que comunico a publicação de mais um título da coleção Clássicos em Cordel, da Editora Nova Alexandria . O autor é Pedro Monteiro e o título por ele revisitado é A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, de Júlio Verne. Além disso, depois de muito tempo, voltei a assinar uma apresentação da coleção que coordeno desde 2007. As ilustrações em xilogravura, geniais, são de Maércio Lopes. Aguardem, para breve, o lançamento. Mas, antes, fiquem com as estrofes de abertura: Da obra de Júlio Verne Serei fiel ao roteiro, Nos passos de Fileas Fogg O notável cavalheiro, Reescrevendo a história Deste grande ave...
*****É Lançado em São Paulo***** A Caravana do Cordel, através da Editora Luzeiro, lançou seu primeiro trabalho coletivo contando a HISTÓRIA DAS 18 COPAS DO MUNDO, narrada por um time de 18 poetas. COPAS X POETAS 1930 – Cícero Pedro de Assis 1934 – Cleusa Santo 1938 – Pedro Monteiro 1950 – Varneci Nascimento 1954 – Aldy Carvalho 1958 – Carlos Alberto Fernandes da Silva 1962 - Costa Senna 1966 - Moreira de Acopiara 1970 – Benedita Delazari 1974 – Aderaldo Luciano 1978 – Nando Poeta 1982 – Josué Gonçalves Araujo 1986 – João Gomes de Sá 1990 - Dé Pageú 1994 – Sebastião Marinho 1998 – Cacá Lopes 2002 – Marco Haurélio 2006 – Luiz Wilson O trabalho ficou primoroso e agora com uma novidade, o cordel de 32 páginas com ISBN, é um verdadeiro livro, podendo ser consultado em qualquer parte do mundo, após ser feito o depósito legal. Este trabalho é resultante do time de poetas que se empenhou para fazê-lo e que está um primor, tudo sob a organização de Nando Poeta, o pai ...
Pedro Monteiro, cordelista piauiense radicado em São Paulo, membro fundador da Caravana do Cordel, lança novo folheto, explorando mais uma vez o tema gracejo. Pedro traz de volta o personagem João Grilo, o grande pícaro dos contos populares. Uma das referências imediatas é o conto "Adivinha, adivinhão", recolhido e comentado por Câmara Cascudo, a mais lúcida inteligência que este País concebeu. Autor de "Chicó, o menino das cem mentiras" (Luzeiro, 2009), Pedro publica agora, pela Tupynanquim de Klévisson Viana, este "João Grilo, um presepeiro no palácio". A ilustração da capa é do próprio Klévisson. Abaixo, as estrofes que abrem o folheto: Quero aqui contar em versos Uma aventura engraçada, Sobre um bom adivinhão De astúcia comprovada, Fazendo revelação Com uma ave encantada. O mestre Câmara Cascudo Fez a catalogação Desta pérola recolhida Na fonte da tradição, Fincada lá nos guardados Da nossa imaginação. Vem d...
Narrado em cordel por Pedro Monteiro, Xilo de Lucélia Borges e apresentação de Marco Haurélio. Cumade Fulozinha, como todas as criaturas mágicas do folclore brasileiro, assume formas variadas a depender da zona em que ocorrem suas aparições. Os seus traços também variam, mas as atribuições como duende fêmea, protetora dos animais selvagens de pequeno porte, punidora dos caçadores vorazes, são praticamente as mesmas em todo canto. Deriva, logicamente, do mito primitivo do Caipora, mas ganhou características próprias ao longo do tempo. Caapora, palavra tupi, significa “habitante da mata” e, por muito tempo, pode ter sido simplesmente uma designação genérica para as aparições informes das matas brasileiras, denunciadas pelo sibilar do vento, pelo estalo de galhos e pelo medo que incutia aos caçadores (Ver Luís da Câmara Cascudo, Geografia dos mitos brasileiros, p. 115). A Caipora fêmea parece ser uma adaptação tardia, assim como a Matinta amazônica, condicionada pela letra a (desin...
APRESENTAÇÃO A história do Peixe de Ouro, fazedor de milagres, é mais abrangente do que se pensa, e integra muitas coletâneas de contos tradicionais, incluindo os Marchen dos Irmãos Grimm. No catálogo internacional do conto popular, é classificado como ATU 555 – The Fisher and his Wife (O pescador e sua mulher), com variantes e versões em inúmeros países. Adverte para os riscos e consequências da ambição desmedida, sendo, ao mesmo tempo, um conto maravilhoso e uma história exemplar. O peixe aparentemente indefeso do início da história mostra-se um auxiliar mágico poderoso, mal disfarçando o exercício de um poder de deidade, recompensando e punindo quando a ganância torna-se sacrilégio. Impossível não recordar o peixe divinizado de várias culturas e épocas (elamita, bramânica, budista, babilônica) e que, por fim, tornou-se símbolo e emblema do cristianismo. Talvez seja um resquício do culto o deus sumério Oannes, corpo de peixe e cabeça e pés humanos, reminiscência de out...
O poeta, ator teatral e agitador cultural Pedro Monteiro estreou com o pé direito na Literatura de Cordel, com o precioso folheto Chicó, o Menino das Cem Mentiras. Pedro foi buscar inspiração nos contos populares para compor a célebre figura do mentiroso presente em todas as literaturas de todas as épocas. Meu estimado leitor, Peço aqui vossa atenção Pra falar dum Coronel, Um homem sem coração, Que se rende a um menino, Como segue a narração: O Coronel atendia Por nome de Nicanor, Era um sujeito perverso Do coração sem amor, Que oprimia e matava O povo trabalhador. Aos berros ele dizia, Batendo forte no peito, Que o desígnio da morte Era o seu maior feito, E só quem ele queria À vida tinha direito. Do jovem ao ancião, No chicote ele tratava, E quando ouvia um não, A sua ira aumentava, Mesmo que fosse mulher, Sem piedade a matava. Como todos têm seu dia, O Nicanor teve o dele. Estando preocupado Com um assunto que ele Preferia nem le...
Apresentação O Cabeça de Cuia, assombração que habita sob os leitos dos rios Parnaíba e Poti, no Piauí, chamou, desde cedo, a atenção dos folcloristas, a começar pelo baiano Alfredo do Vale Cabral, que assim o descreve: “É alto, magro, de grande cabelo que lhe cai pela testa e quando nada o sacode, faz suas excursões na enchente do rio e poucas vezes durante a seca. Come de 7 em 7 anos uma moça chamada Maria; às vezes porém devora os meninos quando nadam no rio, e as mães proíbem que seus filhos aí se banhem”. ( Achegas ao estudo do folclore brasileiro , 1884). A penitência, nascida de uma praga da mãe, duraria 49 anos. Luís da Câmara Cascudo, em Geografia dos mitos brasileiros (1948), atribui à lenda uma origem branca. O episódio da maldição materna aparece em lendas semelhantes, de visível cariz religioso, a exemplo do Corpo-seco, que assombra, sem descanso, o interior paulista. Às observações dos mestres do Folclore é preciso acrescentar, porém, uma hipótese. O formato d...
Senhoras e senhores e demais público! É com muita alegria que anuncio o mais recente rebento da minha modesta lavra, Os dois Irmãos — A História de Anepu e Batau! A obra tem por base um conto Egípcio escrito em papiro e descoberto em 1852, no museu da Inglaterra. O papiro está assinado pelo escriba Anana, período da 19ª dinastia dos Faraós (1200 a.C.). Aqui narrado em 73 estrofes setilha de Cordel, com ilustração de Nireuda Longobardi e publicado pela Edicon. Abaixo, as estrofes inicias: Nos alinhavos dos versos Teço na mente um sarau. No seio da realeza, Gesta de primeiro grau, Clareio a minha memória Para narrar a história De Anepu e Batau. História que foi contada Para o príncipe herdeiro, De nome Seti Mernefta, Na sucessão o primeiro. Miamum, o seu genitor, Anana, o preceptor, E razão deste roteiro. Há mais de trinta e dois séculos, Como um bom educador, Anana contava história Para o pequeno s...
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