A REPARAÇÃO
Era
uma vez, uma mamãe pata muito dedicada às suas crias, por elas, era
capaz de tudo; se necessário fosse, daria sua própria vida. Por
isso mesmo, seus filhotes viviam bastante felizes, desfrutando da
tranquilidade de uma maravilhosa lagoa.
Aproveitando-se
dessa, por vezes, exagerada confiança, uma maldosa raposa começou a
matutar como tirar proveito da situação e conseguir um almoço. E
num momento de rara desatenção ela deu um bote certeiro contra o
patinho mais descuidado. Como logrou sucesso, ficou toda insolente,
achando-se poderosa; nem imaginava a sorte que o futuro lhe guardava,
pois mamãe pata não pensava noutra coisa a não ser redobrar os
cuidados com aquela ninhada e ainda vingar-se do feito.
Pressentindo
que os ataques da inimiga não cessariam, a mamãe pata pensou
depressa numa artimanha que pudesse por um fim naquilo tudo. Enquanto
isso, à espreita dentro de uma moita, a raposa continuava com
olhares ameaçadores. Foi então que a pata reagiu e tomou uma
atitude: insultou um amoado jacaré, para depois sair as carreiras em
direção à moita onde estava a raposa. Quando presenciou aquele
reboliço todo saindo das águas, a raposa ficou pronta para atacar,
pois pensou na sorte grande — uma tolice da mamãe pata, resolver
sacrificar-se no lugar dos filhotes! Por isso mesmo, alegrou-se toda,
indo ao seu encontro pronta para agarrá-la. — Pois sim..., num
piscar de olhos, a pata “quebrou” de lado e deixou a raposa cara
a cara com o jacaré. Aí foi um fuzuê medonho! A raposa tentou
fugir, mas foi alcançada e teve o rabo agarrado pela fera. Sem ação,
sentindo-se totalmente dominada, exclamou: — Camarada pata,
ajude-me, por piedade... piedade... piedade...
—
Piedade?
— Disse a pata.
—
Socorro!
Socorro, que lhe serei grata por toda a minha vida!!! — Disse-lhe a
raposa.
— Só se você deixar minha família em paz! — Disse-lhe com altivez a pata.
Não tendo outro jeito, a raposa acovardou-se, jurou por todos os santos nunca mais atormentar aquela família, e ainda, ajudar na sua proteção. Só então, a pata, com ar vitorioso, pôs-se a provocar o jacaré e, este, num forte arremesso soltou o rabo da raposa, pois achou que jantaria a pata; doce ilusão! Mamãe pata saiu: — Qua, qua; qua, qua; qua, qua, qua…
— Só se você deixar minha família em paz! — Disse-lhe com altivez a pata.
Não tendo outro jeito, a raposa acovardou-se, jurou por todos os santos nunca mais atormentar aquela família, e ainda, ajudar na sua proteção. Só então, a pata, com ar vitorioso, pôs-se a provocar o jacaré e, este, num forte arremesso soltou o rabo da raposa, pois achou que jantaria a pata; doce ilusão! Mamãe pata saiu: — Qua, qua; qua, qua; qua, qua, qua…
O
certo é que, de forma astuciosa, mamãe pata livrou-se das tramas
dessa predadora. E a paz voltou a reinar naquela lagoa.
PedrO MonteirO
Comentários
O Autor.
esse conto ilustrado ficaria muito bom, onde trabalho tem alguns contos em cordel para crianças e esse com certeza, acredito seria muito enriquecedor...