OS DIFERENTES IGUAIS!
Certa
vez, um rapaz rico e garboso, quando passeava num bosque, encontrou
um porco-espinho, parou e observou a forma desengonçada do andar
daquele bicho. E por julgá-lo um hostil e desafortunado ser, foi
logo lhe interpelando:
—
Você assim tão espinhoso,
como pode desse jeito abraçar alguém, afetuosamente, e ter paz? —
O porco-espinho, serenamente, respondeu-lhe fazendo outra pergunta:
— Por acaso, tu tens
dificuldades para abraçar alguém da tua espécie? — O rapaz
respondeu-lhe que não. Só então, disse-lhe o Porco-espinho:
— A minha paz não depende
só de minha atitude, mas, principalmente, da tua.
—
Como assim? — Indagou o
rapaz, e o Porco-espinho, emendou-lhe:
—
Meus espinhos são minhas
armas, minhas únicas armas, mas ouça bem, armas só de defesa.
Autor: PedrO MonteirO
Este Conto Fabuloso, apesar de sua
singeleza, tem a intenção de contribuir para reflexões instigantes, visando
caminhos para uma convivência harmoniosa entre os diferentes. Sendo que, seu
autor acredita ser o respeito e a preservação à natureza, a maior contribuição
para este propósito.
Comentários