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ARTE E CULTURA

A LENDA DO GUARANÁ

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A lenda do Guaraná tem origem na região norte do Brasil e é uma das mais populares do nosso folclore. O guaraná é um fruto originário da Amazônia e, segundo a lenda dos povos Sateré-Mawé, representa os olhos de um curumim que foi mordido por uma serpente quando estava apanhando frutos na floresta e veio a falecer. A Lenda do Guaraná foi publicada pela Rouxinol do Rinaré Edições/capa de Eduardo Azevedo. Estrofes iniciais: O folclore brasileiro, De existência secular, Tem no universo lendário  Um meio de preservar Boa parte dos valores  Da cultura popular. Povo Sateré-Mawé,  Herdeiro de muitas crenças,  Vem da tradição oral Suas múltiplas sabenças No cuidado com o corpo  E proteção de doenças.  (...). Após banhar-se nas águas  Do mais sublime desejo, Não tardou a engravidar,  No fulgor daquele ensejo, Só bastou um beija-flor  Num flerte, tascar-lhe um beijo. Com as bênçãos de Tupã, Pelo seu merecimento, Por ter coração bondoso Não tardou o nascimento,  Na teia da e

LENDA DA CARNAUBEIRA

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  LENDA DA CARNAUBEIRA   — árvore da providência —    Reza a lenda indígena, que uma tribo vivia feliz. O sol aquecia as cabanas, amadurecia os frutos e de vez em quando as nuvens cobriam o sol e a chuva caía, molhando as plantações, aumentando os rios. Mas depois o sol começou a ficar muito quente, muito quente, prenunciando uma grande tragédia.  Foi assim que tudo começou. Apaixonado que sou por lendas, especialmente, indígenas, assuntei, assuntei e escrevi a presente composição, narrada em Cordel e publicada pelo selo Rouxinol do Rinaré Edições, com ilustração de capa de Eduardo Azevedo. Estrofes iniciais: Dentre as mais nobres riquezas Desta terra brasileira, Falarei sobre a história De uma encantada palmeira, Hoje conhecida como Lenda da Carnaubeira. Reza a lenda que uma terra Rica de paz e harmonia, Suas matas vicejavam Depois que a chuva caía, Tudo que fosse plantado Rompia a cova e crescia. Com o passar de algum tempo Tudo começou mudar, Impiedosamente o sol Fazia a terra secar

A LENDA DO AÇAÍ

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✍ Minha mais recente publicação foi A Lenda do Açaí, pelo selo Rouxinol do Rinaré Edições, com ilustração de capa de Eduardo Azevedo. Estrofes iniciais: O cabedal de saberes Da cultura popular Tem fantasia e mistério Capaz de nos encantar, Como fonte de riquezas Jamais irá se esgotar. Dentro do legado indígena Examinei, recolhi Nas gavetas da memória, Nos conteúdos que li, Para narrar em cordel Sobre A Lenda do Açaí. Há muito tempo passado A Amazônia brasileira, Muito além de seus mistérios, Mata virgem por inteira, Habitava o povo Itaki Nação exímia guerreira. Naquela densa floresta, Como caprichos do bem, Harmonia lhe era farta E alimentação também. Este lugar hoje em dia Abriga a Grande Belém. Um território abundante Em riquezas naturais, Onde o seu povo nutria Poderes sensoriais, Sabedoria pautada Nos valores ancestrais. (...). Desesperada Iaçã, Em razão dessa maldade, Ao perder a sua cria Num rito de crueldade, Nem podia mensurar Que aquilo fosse verdade. Agora ela estava ilhada N

FLOR E PAIXÃO

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Na querença dessa lida, Pelas plagas da emoção, Nutro no meu coração A mais singela e querida Flor que faz a minha vida Ser uma doce paixão.                          PedrO M.

SAUDADES DE CAMPO MAIOR

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  Pelo prisma da saudade eu faço um registro aqui, revisitando a cidade — Campo Maior - Piauí! *Imagem capturada em 11/06/2022, por Waldirene Monteiro.

DOUTOR EM ACENO

 ☝️🤘🤟👊 Num reino distante, o rei havia mandado seu filho ao estrangeiro para que estudasse e aprendesse muitas sabedorias.  Após diplomar-se em diversos saberes, incluindo a comunicação por sinais, o moço voltou para sua terra natal, onde foi exaltado e aclamado como Doutor em Aceno. Com a notícia da chegada do filho, o rei mandou preparar um grandioso banquete, numa festa repleta de ilustres convidados, escolhidos a dedo para a ocasião.  Além das autoridades, intimaram o rapaz mais sabido daquele reino para se medir com o filho do rei. Não havia nada de reconhecimento no tal convite a não ser enaltecer o Doutor. No dia da festa, os lugares foram distribuídos de forma que o moço tomasse assento à mesa em frente ao príncipe. Ocorre que, faltando poucas horas para o evento, o tal moço foi acometido de uma terrível dor de barriga. Medo puro. O que fazer? Por sorte, ou por azar — vamos saber daqui a pouco —, ele tinha um irmão gêmeo. Cara de um, focinho do outro, como lá dizem. Na famíl

VOCÊ TAMBÉM CONTOU DA VACA?

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  Dizem os mais velhos que um homem desonesto criava um papagaio esperto como mais não podia ser. Esse dito homem, um dia, resolveu abater uma vaca de propriedade de um compadre seu. Como o dono da vaca era também seu vizinho, ele não pôde estender nem o couro nem a carne no varal, como geralmente se faz. Assim, sacrificou a maior parte da carcaça, aproveitando somente as carnes mais nobres, enterrando o resto numa grande vala. O papagaio, bicho que tudo observa, ficou de olho no malfeito.  Correndo a notícia do sumiço da vaca, o espertalhão, quando indagado pelo compadre se sabia de algo, desconversou. O papagaio tagarela não deixou barato: — Paco-papaco! Tira a vaca do buraco! Mesmo o sujeito negando, o compadre saiu dali de orelha em pé. Aí formou-se uma comitiva, com o dono da vaca roubada, o delegado e o padre, para interrogar o papagaio, e a desgraceira foi feita. O cabueta apontou o lugar, onde a comissão encontrou o couro e o restante da carcaça. O sujeito livrou-se da cadeia,

O VELHO E SEUS NETOS SONHADORES

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Numa comunidade sertaneja, um velho reuniu os seus netos ao redor de uma fogueira para saber os seus planos, preocupado que estava com o futuro deles. O mais novo, adiantando-se, começou a desfiar o seu rosário: — Meu avô, irei até a casa de minha madrinha para buscar um ovo de galinha que ela me deu. Marcarei esse ovo a carvão e porei embaixo da galinha. Quando chocar, nascerá uma franga, que, quando crescer, porá uma ninhada, resultando em muitos pintos, que transformarei em capões e trocarei por uma leitoa. Depois de engordada a leitoa, trocarei por uma cabra, que dará crias o suficiente para trocar por uma besta, que tratarei com muito zelo. Vou lavar, escovar, trançar o rabo, pôr esteira no seu lombo e, orgulhoso dos bons negócios que fiz, irei rever minha madrinha para mostrar a ela o apurado com o ovo e lhe tomar a bênção. — Muito bem! Isso é que é sabedoria! — disse o avô, encantado com a habilidade do neto. Depois, olhando para outro neto, perguntou o que ele pensava em fazer.

PESCADOR DE ILUSÕES

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✍ Alimento na memória divinas recordações das instigantes vivências e valiosas lições… Sei que entre perdas e ganhos, sou somatória dos sonhos de um pescador de ilusões!                                PedrO M.